26 abril, 2012

Peruas de verdade desperdiçam Lacan

Dica do @stanleyburburin
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Isadora Peron, O Estado de S.Paulo

Após terem se reunido, no fim do ano passado, para discutir o problema da corrupção no País, um grupo de mulheres paulistanas voltou a se encontrar nessa quinta-feira, 25, para outro ato de protesto: pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue neste semestre o processo do mensalão.



Lideradas pela psicanalista lacaniana Maria Cecília Parasmo, nove representantes da sociedade civil passaram a tarde dessa quinta em um prédio nos Jardins, bairro nobre da capital, debatendo o assunto.

"Nós temos que sair, gritar, berrar: 'Ministro (Ricardo) Lewandowski, ponha a mão na consciência e devolva o processo para que seja colocado em julgamento'", bradou Sileni Rolla, do Movimento Mulheres da Verdade. Ricardo Lewandowski, do STF, é o revisor do processo e deve liberar seu voto para que o caso possa ser julgado.

Para dar consistência à manifestação, o grupo - batizado de "Ação pela Cidadania" - tentou, sem sucesso, falar com dois ministros do STF pelo telefone: o novo presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, e Joaquim Barbosa.

Enquanto o grupo deixava recados a assessores e secretárias dos gabinetes, os ministros estavam no plenário para julgar a questão das cotas raciais nas universidades.

As mulheres, no entanto, não se abalaram e prometeram uma ida à Brasília para tentar uma audiência com os membros da Corte. "Já temos umas 15 pessoas dispostas a ir", disse a advogada Raquel Alessandri. "Já imaginou? Vai ser o povo tomando Brasília."
A proposta do grupo é a de que o dinheiro público supostamente desviado pelo mensalão, se recuperado, seja usado em obras sociais, como creches e hospitais.

Ampulheta. Com a mesma intenção de pressionar o STF, um grupo criado pelo Facebook tentou entregar ontem uma ampulheta a Lewandowski. O objeto foi escolhido para representar a passagem do tempo. Segundo eles, o ministro cancelou a audiência agendada há mais de um mês.

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Para saber mais sobre o grupo, leia no Blog do Miro 


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