E quem mais fez a diferença? Mas o fato da tradicionalíssima Time reconhecer que a personalidade do ano é uma massa de pessoas que tomaram as ruas do mundo para mandar o recado do basta, para mim é mais notícia do que a própria capa!
A tradicional “personalidade do ano” da revista Time foi anunciada na quarta-feira (14/12): “o manifestante”. Segundo o editor Richard Stengel, dentre os finalistas estavam a duquesa Kate Middleton e o almirante William McRaven, que comandou as operações contra Osama Bin Laden no Paquistão.
Desde 1927, a Time dedica uma capa a uma pessoa (ou grupo de pessoas ou ideias) que fez a diferença no ano, para o bem ou para o mal. No ano passado, a escolha foi o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg. A capa de 2011 menciona manifestantes de todo o mundo, desde as massas da Primavera Árabe, passando pelos anarquistas na Grécia e chegando ao movimento Ocupe Wall Street.
“É notável o quanto as vanguardas dos protestos têm em comum. Em todos os lugares eles são desproporcionalmente jovens, de classe média e educados. Quase todos os protestos este ano começaram como independentes, sem muito apoio de partidos políticos ou grandes nomes da oposição. Por todo o mundo, os manifestantes de 2011 dividem uma crença de que os sistemas políticos e as economias de seus países se tornaram desfuncionais e corruptos – falsas democracias fraudadas para favorecer os ricos e poderosos e evitar mudanças significativas”, escreveu o jornalista Kurt Andersen em artigo sobre a personalidade de 2011.
O texto continua: “ninguém sabia que, quando um vendedor de frutas tunisiano colocasse fogo em si mesmo em uma praça pública, daria início a uma série de protestos que tiraria do poder ditadores e começaria uma onda global de dissidência. Em 2011, os manifestantes não apenas expressaram suas queixas; mudaram o mundo”. Leia a matéria completa aqui (em inglês). Com informações do Huffington Post [14/12/11].
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