Do Blog do @FFrajola
“Os tucanos chegam a esta eleição jogando sua sobrevivência em São Paulo, com riscos graves de, perdendo, rumarem para a desaparição politica”. Emir Sader, na Carta Capital, no artigo “Os tucanos, do começo ao fim”. (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1113)
Ok, perdendo em São Paulo os tucanos acompanham o DEM rumo ao ostracismo. As últimas pesquisas indicam que Haddad teria 60% contra 40% dos votos válidos, fazendo com que até a velha mídia pró-Serra jogue a toalha.
O PT cresceu no primeiro turno (13%, em número de prefeituras e obteve a maior quantidade de votos na legenda em todo o país) e deve continuar crescendo no segundo turno das eleições.
O que explica tais fatos? Claro que a aprovação popular dos governos Lula e Dilma tem que ser lembrada, sim. Mas devemos também creditar a Serra parte deste sucesso. Como? Simples, em seu velho estilo desagregador de fazer política, ele atropelou, sabotou e derrubou todas as possíveis lideranças em seu partido ou aliados que poderiam pleitear candidaturas competitivas agora e no futuro próximo. Desde o episódio que derrubou a candidatura presidencial de Roseana Sarney, passando por Alckmin, Aécio e até Chalita, Serra acumulou desafetos, pensando única e exclusivamente em seu projeto político maior: ele próprio. Agora, já cachorro morto, até FHC lhe faz críticas.
Como explicar um candidato com tamanha rejeição concorrer a um cargo majoritário na maior cidade do país? Ele precisaria obter 50% mais 1 dos votos válidos, ou seja, missão impossível para quem tem 52% de rejeição.
Por outro lado, a antítese de Serra, o ex-presidente Lula. Apostou no novo e não teve medo da “concorrência”. Primeiro bancou uma “técnica”, sem experiência eleitoral para sucedê-lo e assim, elegeu Dilma. Agora, tirou do colete mais 2 nomes também novos, com experiência técnica e administrativa, mas “estreantes” em eleições: Haddad e Pochmann. Deve eleger Haddad na maior cidade do país, enquanto Pochmann disputa o segundo turno em Campinas, importante cidade do interior paulista.
Lula, ao não temer o novo, sai mais fortalecido desta eleição. A oposição bate cabeça. O tal do “Mensalão” não vingou, sabe que não tem propostas nem candidatos fortes para ameaçar a reeleição de Dilma em 2014. E o mais desesperador (para a oposição, claro) sabe que se por acaso surgir algum candidato forte na direita (esqueçam o Serra, ele já era), o PT ainda terá Lula, Haddad, Paulo Teixeira e tantos outros bons nomes que estão crescendo com o partido. É o Brasil mudou e vai continuar crescendo sim.
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