14 julho, 2012

Os factóides e o 'medo, medo, medo'


A rede globo anuncia que o fantástico deste domingo vai exibir uma entrevista na qual Rosane Collor revela detalhes da época em que foi primeira dama. Como diria Mino Carta, é do conhecimento do mundo mineral que tanto a Veja quanto a Globo foram os principais cabos eleitorais de Fernando Collor nas eleições de 1989. E, depois, os principais alimentadores e disseminadores da série de denúncias paralelas à CPI, que acabou resultando no impeachment, em 1992.

Algumas carreiras políticas terminaram ali, outras começaram.

A CPMI do Cachoeira avança. Além de Demóstenes, outros frequentadores de tribunas e vociferantes políticos podem ter sua carreira terminada até o final do processo.

E a mídia?

A revista veja (não sei com o que saiu neste final de semana) viu sua fonte de escândalos secar com a prisão do bicheiro. E o resto da velha imprensa também teve sua pauta minguada, pois passava a semana 'repercutindo' as sempre 'graves denúncias' da revista.

A exibição de uma entrevista, que supostamente vai revelar detalhes da vida palaciana de quem foi apeado do poder há mais de 20 anos, não é nada além de mais uma tentativa da revista eletrônica dominical de criar factóides para serem comentados nos salões de beleza e assim desviar o foco do esgoto onde eles se abasteciam.

E não é casual que isso seja exibido um mês depois deste pronunciamento de Collor na CPMI.





Um comentário:

  1. Collor foi colocado no poder pela força da Globo e da Veja. E foi derrubado com a complacência - e a contribuição - da Globo e da Veja.

    Collor é o Paulo Preto da Globo e da Veja. Ele foi abandonado ferido na beira da estrada. E agora ele quer vingança. Melhor pra nós.

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