O site Skytruth, que analisa imagens de satélite, reportou também ontem que, devido à velocidade do vento, a imagem mostra uma possível dissipação do óleo, o que eles classificaram como encorajador. Mas as consequências reais da mancha, que chegou a medir mais de 43 km, ainda são uma incógnita, pois embora pela versão oficial o vazamento tenha sido contido, com certeza trará consequências para a vida marinha e quem dela vive.
Leia abaixo o post de ontem do Skytruth e logo após, a matéria da AG publicada na Gazeta online (dica de Silvia Souza no Google+)
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Derramamento de óleo da Bacia de Campos, Brasil - Dissipação?
A imagem de radar de satélite da Bacia de Campos, Envisat ASAR hoje, que abrange o local do derramamento de petróleo Chevron / Transocean, não mostra nenhum sinal de uma mancha de óleo. A foto foi tirada por volta das 9:30 da manhã, horário local. No entanto, a velocidade do vento foi bastante forte na área no momento. De acordo com o satélite de dados escaterômetro recolhidos pelo sistema ASCAT, ventos de superfície estavam soprando a 15-25 nós (8-13 metros por segundo). Esta velocidade é forte o suficiente para "esconder' manchas de óleo muito fina (a velocidade do vento ideal para a detecção de manchas em imagens de radar é de cerca de 3-10 metros por segundo):
Óleo que vazou no Rio ameaça nossas praias
As duas autuações que serão feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Ibama podem obrigar a empresa a pagar até R$ 100 milhões (R$ 50 milhões por cada infração). Então, pode chegar a R$ 260 milhões o total de multas, indenizações e compensações ambientais que a Chevron Brasil terá de pagar pelo acidente no Campo de Frade, na Bacia de Campos.
Esse valor inclui multa já aplicada pelo Ibama (R$ 50 milhões) e a possibilidade de uma nova autuação em R$ 10 milhões, autuações da Agência Nacional do Petróleo (R$ 100 milhões) e do governo do Estado do Rio (mais R$ 100 milhões). Segundo a ANP, a petrolífera americana mentiu, ocultando informações e imagens sobre o vazamento de petróleo iniciado há 15 dias, e poderá ser proibida de operar no país. A Chevron disse ter recebido as autuações e que estuda o assunto para decidir que medidas tomar.
A imagem de radar de satélite da Bacia de Campos, Envisat ASAR hoje, que abrange o local do derramamento de petróleo Chevron / Transocean, não mostra nenhum sinal de uma mancha de óleo. A foto foi tirada por volta das 9:30 da manhã, horário local. No entanto, a velocidade do vento foi bastante forte na área no momento. De acordo com o satélite de dados escaterômetro recolhidos pelo sistema ASCAT, ventos de superfície estavam soprando a 15-25 nós (8-13 metros por segundo). Esta velocidade é forte o suficiente para "esconder' manchas de óleo muito fina (a velocidade do vento ideal para a detecção de manchas em imagens de radar é de cerca de 3-10 metros por segundo):
Velocidade de superfície e direção do vento derivada de dados escaterômetro ASCAT em quase o mesmo tempo que o viaduto 22 de novembro de satélite radar |
Por isso, é possível que manchas de óleo muito fina permaneçam na área, mas é encorajador que nós não vejamos sinais de óleo grosso.
Uma imagem ASAR tomada em 11 de novembro em condições mais favoráveis de vento (5-8 metros / seg) mostra claramente uma mancha de 20 milhas (32,186 km) de extensão próximo ao local de origem do vazamento:
E esta imagem de radar tomada em 14 de novembro mostra uma mancha de 27 milhas (43.4511 km) de extensão. Na superfície do mar, a velocidade do vento medida foi favorável pela manhã, mas excessiva (13-15 metros / seg) à noite, então partes da mancha pode não ser visível na imagem:
Estamos cautelosamente otimistas de que esse vazamento tem sido mantida sob controle. Estamos esperando por algumas imagens de radar nos próximos dias, tirada sob condições de vento moderado. Vamos atualizá-lo à medida em que houver mais imagens.
Uma imagem ASAR tomada em 11 de novembro em condições mais favoráveis de vento (5-8 metros / seg) mostra claramente uma mancha de 20 milhas (32,186 km) de extensão próximo ao local de origem do vazamento:
Envisat ASAR imagem tomadas 11 de novembro de 2011. INPE Imagem cortesia |
Envisat ASAR imagem tomadas 14 de novembro de 2011. INPE Imagem cortesia |
Estamos cautelosamente otimistas de que esse vazamento tem sido mantida sob controle. Estamos esperando por algumas imagens de radar nos próximos dias, tirada sob condições de vento moderado. Vamos atualizá-lo à medida em que houver mais imagens.
Óleo que vazou no Rio ameaça nossas praias
Ibama alerta que mancha pode chegar às praias capixabas
Gazetaonline - 22/11/2011 - 21h08
O óleo derramado pela Chevron no campo de Frade, na Bacia de Campos, pode chegar às praias do Rio, sobretudo Búzios e Angra, e também do Espírito Santo e São Paulo (Ubatuba) dentro de duas semanas. O alerta foi dado por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, (Ibama) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em reunião com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
"Cerca de dois terços de todo o óleo derramado, sobretudo aquele mais grosso, ainda está abaixo do espelho d'água. Esse óleo vai passando por processo físicoquímico e vira pelotas que vão acabar nas praias", disse Minc.
Ele acrescentou que tudo vai depender agora das condições climáticas para determinar o tempo que essas "bolas de piche" vão levar para chegar nas praias. Ao comentar o acidente da Chevron, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o vazamento de petróleo ocorrido na Bacia de Campos é um problema que atinge toda a indústria do setor.
"Entendemos que esse problema não atinge só a empresa que tem o acidente. Ela atinge a indústria como um todo e atinge a sociedade. Então, nós estamos comprometidos com o conjunto de ações. Agora, não posso falar sobre casos específicos", afirmou.
A mancha de petróleo derramado na Bacia de Campos diminuiu e continua se afastando do litoral, mas o vazamento de petróleo ainda persiste, informou ontem a Agência Nacional de Petróleo (ANP) em comunicado.
Conforme a agência, a área da mancha diminuiu de 12 km2, no último dia 18, para 2 km2 na segunda-feira, segundo "observação visual" dos técnicos. Estima-se que tenha atualmente 6 km de extensão. Vídeo submarino feito pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), divulgado pela ANP, mostra que ainda há um ponto com pequeno fluxo de vazamento. Mas, segundo a agência, a fonte "primária" de vazamento foi controlada.
R$ 260 milhões em multas
Gazetaonline - 22/11/2011 - 21h08
O óleo derramado pela Chevron no campo de Frade, na Bacia de Campos, pode chegar às praias do Rio, sobretudo Búzios e Angra, e também do Espírito Santo e São Paulo (Ubatuba) dentro de duas semanas. O alerta foi dado por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, (Ibama) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em reunião com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
"Cerca de dois terços de todo o óleo derramado, sobretudo aquele mais grosso, ainda está abaixo do espelho d'água. Esse óleo vai passando por processo físicoquímico e vira pelotas que vão acabar nas praias", disse Minc.
Ele acrescentou que tudo vai depender agora das condições climáticas para determinar o tempo que essas "bolas de piche" vão levar para chegar nas praias. Ao comentar o acidente da Chevron, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o vazamento de petróleo ocorrido na Bacia de Campos é um problema que atinge toda a indústria do setor.
"Entendemos que esse problema não atinge só a empresa que tem o acidente. Ela atinge a indústria como um todo e atinge a sociedade. Então, nós estamos comprometidos com o conjunto de ações. Agora, não posso falar sobre casos específicos", afirmou.
Conforme a agência, a área da mancha diminuiu de 12 km2, no último dia 18, para 2 km2 na segunda-feira, segundo "observação visual" dos técnicos. Estima-se que tenha atualmente 6 km de extensão. Vídeo submarino feito pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), divulgado pela ANP, mostra que ainda há um ponto com pequeno fluxo de vazamento. Mas, segundo a agência, a fonte "primária" de vazamento foi controlada.
R$ 260 milhões em multas
As duas autuações que serão feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Ibama podem obrigar a empresa a pagar até R$ 100 milhões (R$ 50 milhões por cada infração). Então, pode chegar a R$ 260 milhões o total de multas, indenizações e compensações ambientais que a Chevron Brasil terá de pagar pelo acidente no Campo de Frade, na Bacia de Campos.
Esse valor inclui multa já aplicada pelo Ibama (R$ 50 milhões) e a possibilidade de uma nova autuação em R$ 10 milhões, autuações da Agência Nacional do Petróleo (R$ 100 milhões) e do governo do Estado do Rio (mais R$ 100 milhões). Segundo a ANP, a petrolífera americana mentiu, ocultando informações e imagens sobre o vazamento de petróleo iniciado há 15 dias, e poderá ser proibida de operar no país. A Chevron disse ter recebido as autuações e que estuda o assunto para decidir que medidas tomar.
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