Do SpressoSP
Dica @Stanleyburburin
Favela do Moinho: 400 famílias continuam desabrigadas
Parte delas está vivendo em uma escola da região e não sabe o que acontecerá no futuro
Desde o dia 22 de dezembro, quando um grande incêndio destruiu parte da Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, cerca de 400 famílias que tiveram seus barracos atingidos pelo fogo continuam sem ter onde morar. Elas estão alojadas por enquanto no Clube Escola Raul Tabajara e não sabem o que vão fazer daqui para frente. Muitos tentaram voltar às áreas que ocupavam antes para reconstruírem seus barracos, mas foram impedidos pela Guarda Civil Municipal.
A Secretaria Municipal de Habitação informou que o atendimento social no Clube Escola, que além de abrigo oferece alimentação, continuará enquanto for necessário. Fora isso, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que foi realizado um cadastramento de 368 famílias. Ele será agora comparado a um já existente desde 2005 para definir quem terá direito a receber um auxílio-aluguel, que será concedido durante quatro meses e terá o valor de R$ 300 mensais.
A população do Moinho, no entanto, diz que falta a eles muitas informações, o que deixa todos angustiados. Carmem da Silva Ferreira, uma das líderes do movimento popular, reclama de como tem sido as negociações. “Vieram e cadastraram, mas não explicaram nada, nem como vai ser entregue ou para quem. Além disso R$ 300 não dá para pagar nenhum aluguel na cidade”, conta.
A representante também diz que o movimento já tentou por cinco vezes agendar uma reunião com o Secretário Municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, mas nunca são atendidos. Em carta aberta à população o movimento diz que agora conta com o apoio do senador Eduardo Suplicy para intervir por esse encontro. Também foi dito que a bolsa-aluguel será aceita apenas como medida paliativa e de necessidade, mas que a batalha é por um programa digno de moradia na cidade.
“Aquilo ali (a Favela do Moinho) era uma bomba-relógio. Mas é sempre preciso uma tragédia para o governo se mexer”, se indigna Carmem. Ela também informou que os moradores do Moinho e representantes da Frente de Luta por Moradia, FLM, irão se reunir para definir como será agora sua linha de atitude.
Devido ao incêndi,o a estrutura de um prédio ao lado da favela foi comprometida e no dia 1º de janeiro e ele seria implodido, mas apenas o primeiro andar foi ao chão, deixando o edifício ainda em pé. Apesar disso, o prefeito Gilberto Kassab considerou a operação um êxito, pois disse que não afetou a linha férrea ao lado. Agora, o restante do prédio será demolido com ajuda de máquinas e levará semanas até que todo escombro seja retirado do local.
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Parte delas está vivendo em uma escola da região e não sabe o que acontecerá no futuro
Desde o dia 22 de dezembro, quando um grande incêndio destruiu parte da Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, cerca de 400 famílias que tiveram seus barracos atingidos pelo fogo continuam sem ter onde morar. Elas estão alojadas por enquanto no Clube Escola Raul Tabajara e não sabem o que vão fazer daqui para frente. Muitos tentaram voltar às áreas que ocupavam antes para reconstruírem seus barracos, mas foram impedidos pela Guarda Civil Municipal.
A Secretaria Municipal de Habitação informou que o atendimento social no Clube Escola, que além de abrigo oferece alimentação, continuará enquanto for necessário. Fora isso, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que foi realizado um cadastramento de 368 famílias. Ele será agora comparado a um já existente desde 2005 para definir quem terá direito a receber um auxílio-aluguel, que será concedido durante quatro meses e terá o valor de R$ 300 mensais.
A população do Moinho, no entanto, diz que falta a eles muitas informações, o que deixa todos angustiados. Carmem da Silva Ferreira, uma das líderes do movimento popular, reclama de como tem sido as negociações. “Vieram e cadastraram, mas não explicaram nada, nem como vai ser entregue ou para quem. Além disso R$ 300 não dá para pagar nenhum aluguel na cidade”, conta.
A representante também diz que o movimento já tentou por cinco vezes agendar uma reunião com o Secretário Municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, mas nunca são atendidos. Em carta aberta à população o movimento diz que agora conta com o apoio do senador Eduardo Suplicy para intervir por esse encontro. Também foi dito que a bolsa-aluguel será aceita apenas como medida paliativa e de necessidade, mas que a batalha é por um programa digno de moradia na cidade.
“Aquilo ali (a Favela do Moinho) era uma bomba-relógio. Mas é sempre preciso uma tragédia para o governo se mexer”, se indigna Carmem. Ela também informou que os moradores do Moinho e representantes da Frente de Luta por Moradia, FLM, irão se reunir para definir como será agora sua linha de atitude.
Devido ao incêndi,o a estrutura de um prédio ao lado da favela foi comprometida e no dia 1º de janeiro e ele seria implodido, mas apenas o primeiro andar foi ao chão, deixando o edifício ainda em pé. Apesar disso, o prefeito Gilberto Kassab considerou a operação um êxito, pois disse que não afetou a linha férrea ao lado. Agora, o restante do prédio será demolido com ajuda de máquinas e levará semanas até que todo escombro seja retirado do local.
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