Da AFP
O Prêmio Nobel da Paz foi concedido nesta
sexta-feira a três mulheres: a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, sua
compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee e a iemenita Tawakul Karman,
ativista da chamada Primavera Árabe.
As três foram "recompensadas por sua luta
pacífica pela segurança das mulheres e de seus direitos de participar nos
processos de paz", declarou, em Oslo, o presidente do comitê Nobel
norueguês, Thorbjoern Jagland.
"Não podemos alcançar a democracia e a paz
duradoura no mundo se as mulheres não obtiverem as mesmas oportunidades que os
homens para influenciar nos acontecimentos em todos os níveis da
sociedade", acrescentou.
A liberiana Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos,
passou para a história ao converter-se, em 2005, na primeira mulher eleita como
chefe de Estado no continente africano, em um país de quatro milhões de
habitantes traumatizados por guerras civis que, de 1989 a 2003, deixaram
250.000 mortos, destruindo suas infraestruturas e sua economia.
"Desde sua posse em 2006, contribuiu para
garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e
reforçar o lugar das mulheres", acrescentou Jagland.
Ellen Johnson Sirleaf |
Seu acesso ao poder foi possível pelo trabalho de
Leymah Gbowee, "guerreira da paz", fundadora do movimento pacífico
que contribuiu, em particular com a convocação de uma "greve de
sexo", para terminar com a segunda guerra civil em 2003, assinalou o
Comitê Nobel.
Lançada em 2002, essa iniciativa original levou
as liberianas de todas as confissões religiosas a negar sexo aos homens até que
cessassem os combates, o que obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra
convertido em presidente, a associá-las às negociações de paz.
Leymah Gbowee |
"Leymah Gbowee mobilizou e organizou as
mulheres além das linhas de divisão étnica e religiosa para pôr fim a uma longa
guerra na Libéria e garantir a participação das mulheres nas eleições",
assinalou Jagland.
A terceira laureada, a iemenita Tawakul Karman,
"tanto antes como durante a Primavera Árabe, teve um papel preponderante
na luta a favor dos direitos das mulheres, da democracia e da paz no
Iêmen", afirmou.
Tawakul Karman |
Karman, a primeira mulher árabe que recebe o Prêmio Nobel da Paz, numa primeira reação, declarou-se honrada e surpresa e
dedicou seu prêmio à "Primavera Árabe".
"Trata-se de uma honra para todos os árabes,
muçulmanos e mulheres. Eu dedico este prêmio a todos os ativistas da Primavera
Árabe", declarou ao canal de televisão árabe Al-Arabiya.
A última mulher a ganhar esta distinção também
foi uma africana, a militante ecologista queniana Wangari Maathai, que acaba de
falecer.
Este anos, o Nobel da Paz registrou uma cifra
recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.
O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10
de dezembro, data do aniversário da morte de seu fundador, o industrial e
filantropo sueco Alfred Nobel.
O prêmio consiste em uma medalha e um diploma e
uma quantia de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a um milhão de euros.
Fontes: AFP, Terra, Ikusca.com, Rede Brasil Atual, El país, Google imagens
Um VIVA bem alto à luta das mulheres!
ResponderExcluir\o/ \o/ \O/!!!!!!!!
ResponderExcluirVIVA AS GUERREIRAS DA PAZ!!!!
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