07 maio, 2012

A revista Veja e o Complexo de Demóstenes

Do Correio do Povo





Freud não viveu o suficiente para descobrir uma nova categoria: o complexo de Demóstenes.
Ou seria síndrome?
Toda vez que uma pessoa ou veículo de comunicação se apresenta como paladino da ética, tem rabo preso.
A reportagem da TV Record, no Domingo Espetacular, diagnosticou o complexo de Demóstenes da revista Veja.
Agora já se sabe a quem Policarpo Jr. obedecia: ao seu publisher, um certo Carlinhos Cachoeira.
Uma coisa é usar um larápio como fonte, outra é ser manipulado por uma fonte larápia.
Outra ainda é ser seletivo: deixar plantar denúncias contra um lado só.
A Veja de Carlinhos Cachoeira é rastaquera.
Isso não transforma mensaleiros em anjinhos nem apaga imagens de dinheiro na cueca.
Mostra que o buraco é mais embaixo.
Um rombo na capa da revista mais lida em consultórios de dentista, em qualquer tema de interesse social, como as cotas, perfilada com o Dem ou, nos seus arroubos “esquerdistas”, atrelado ao tucanato paulista aliado do Dem.
Agora, ao menos, já se sabe quem era o diretor secreto da Veja.
Deve ser por isso que não saiu uma capa com Cachoeiro e Demóstenes de pijama listrado e um par exclusivo de algemas para cada um.
Policarpo pode ganhar um desses prêmio fajutos. Por exemplo, o repórter que cultivava bem as fontes, que, em retorno, plantavam o que queriam nas suas costas.
Num processo, ele poderia usar este argumento: fui um inocente útil.
Cachoeira não tem dúvida da sua utilidade.

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